15/09/2011 - Trinta anos depois, as ilhas oceânicas ainda servem como verdadeiros laboratórios a céu aberto, onde se pode observar e estudar o comportamento de juvenis e adultos de tartaruga marinha em seu ambiente natural. ↓
Nas pequenas porções de terra erodidas pelo tempo repousam, no meio do oceano Atlântico, verdadeiros oásis para espécies marinhas. Tão isoladas e temidas pelos navegadores, as ilhas oceânicas mudaram de vocação ao longo dos séculos.
Foram visitadas por exploradores e cientistas, serviram de presídio, guarnições militares e estações de pesca. Mais recentemente, tornaram-se bases para pesquisa científica - mesmo na militar ilha da Trindade - e destino turístico, no caso exclusivo de Fernando de Noronha.
Apesar das peculiaridades de cada ilha, algumas evidências são comuns a todas: as tartarugas verdes (Chelonia mydas) se reproduzem aqui, no meio do Atlântico, onde nasceu a conservação marinha brasileira, quando o Atol das Rocas tornou-se a primeira Unidade de Conservação Marinha do país, em 1979.
Trinta anos depois, as ilhas oceânicas ainda servem como verdadeiros laboratórios a céu aberto, onde se pode observar e estudar o comportamento de juvenis e adultos de tartaruga marinha em seu ambiente natural.
Segunda maior - A tartaruga verde tem como característica do comportamento reprodutivo realizar diversas investidas à praia antes de realizar a desova. Em Rocas, por exemplo, aproximadamente 50% das ocorrências não resultam em ninhos: a tartaruga inicia a construção do ninho, mas não deposita os ovos (sem desova); ou sai do mar sem manifestar comportamento de nidificação (meia lua).
Cada ninho apresenta em média 120 ovos e uma taxa de eclosão entre 75 e 80 por cento. Os intervalos entre desovas numa mesma temporada variam de 8 a 17 dias, com maior freqüência entre o décimo e o décimo quarto dia.
Também conhecida como aruanã, é a segunda maior tartaruga marinha. Mede cerca de um metro de comprimento de casco, chegando a pesar 200 quilos. Seu casco ou carapaça tem coloração verde acinzentado com machas claras e formada por quatro pares de placas laterais. São onívoras na primeira fase da vida, tornando-se herbívoras e se alimentando de gramíneas marinhas e algas.
Tamar fecha balanço da temporada reprodutiva nas ilhas oceânicas
O Projeto Tamar/ICMBio acaba de fechar o balanço com os números da temporada reprodutiva 2010/2011 nas ilhas oceânicas, onde se reproduz, quase que exclusivamente, a tartaruga verde.
Equipe de Pesquisa discute prioridades de ações da Fundação Projeto Tamar
Projeto TAMAR: Manejo Adaptativo na Conservação das Tartarugas Marinhas no Brasil
No mês das crianças, que tal se aproximar das tartarugas marinhas?
Celebração da Oceanografia: Homenagem e Inovação em Prol da Conservação Marinha