27/08/2013 - O evento contribui com a compreensão de principais ameaças à sobrevivência destes animais e discutiu soluções mais eficazes para combatê-las. ↓
O Tamar organizou um workshop para discutir informações sobre pesquisa e manejo de tartarugas que encalham na costa brasileira. O principal objetivo do encontro foi ampliar a compreensão sobre as ameaças a que estão expostos estes animais e, consequentemente, auxiliar a busca de soluções mais eficazes para combatê-las. Nancy Mettee, diretora de medicina veterinária da Widecast (Wider Caribbean Sea Turtle Network) e Mariluz Parga, médica veterinária da Submon, organização espanhola dedicada ao estudo e conservação do ambiente marinho, foram as palestrantes. O encontro também contou com dois colaboradores, Dr. Eulógio Carlos Queiroz de Carvalho, médico veterinário e professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, e Dra. Eliana Reiko Matushima, médica veterinária e professora da Universidade de São Paulo.
Integrantes de bases do Tamar puderam trocar informações em dois dias sobre metodologia de estimativa do tempo de morte dos animais, fatores que afetam a decomposição das carcaças, fisiopatologia das lesões e aparência dos tipos de traumas em tartarugas marinhas (interação com a pesca, colisão com embarcações), eutanásia (discussão da necessidade do procedimento e de técnicas baseadas em pesquisas recentes).
A coordenadora de pesquisa e conservação do Projeto Tamar, oceanógrafa Neca Marcovaldi, explica que ampliar o conhecimento sobre encalhes de tartarugas marinhas é importante para os estudos sobre a mortalidade em todas as áreas de atuação do Tamar. Os casos analisados contribuem com a otimização da coleta de dados que gera informação em um contexto de 20 anos de pesquisa de campo com metodologia sistematizada. Os dados trazem informações sobre dieta alimentar, possíveis áreas de uso das espécies, faixa etária dos animais, distribuição, deslocamento, entre outras.
A análise dessas informações poderá apoiar a definição de algumas ações de mitigação de impactos, como na interação com a pesca, atualmente considerada a principal causa de morte de tartarugas na costa brasileira. O workshop cumpre com metas estabelecidas no Plano de Ação Nacional das Tartarugas Marinhas (PAN), tendo como resultados a atualização de manuais e protocolos adotados por todas as bases de pesquisa e conservação do Tamar no país.
Mariluz, Nancy e Eliana
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