20/11/2014 - Em dez dias de novembro, mil tartarugas-oliva desovaram nas praias de Sergipe e do norte da Bahia. Leia mais. ↓
Os pesquisadores do Projeto Tamar registraram em dez dias do mês de novembro/2014 a subida de 1.000 tartarugas-oliva (Lepidochelys olivacea) para desovar nas praias de Sergipe e do norte da Bahia. A espécie vem apresentando sinais de recuperação ao longo das temporadas reprodutivas, passando de alguns poucos ninhos na primeira temporada, no início dos anos 80, a mais de 10 mil na temporada de 2013/2014, um aumento superior a 11.700%. Como explica o coordenador do Tamar em Sergipe, César Coelho, este elevado número de desovas em curto período é animador, principalmente porque o Tamar está comemorando 35 anos de braços dados com as comunidades litorâneas pela recuperação das espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, compartilhando estes e outros tantos resultados positivos. Parece até que as olivas vieram nos dar parabéns, alegra-se o coordenador.
Na temporada atual (2014/2015), os pesquisadores esperam chegar ao número de filhotes devolvidos ao mar superior ao registrado na temporada anterior, e assim dar mais um passo no processo de recuperação das tartarugas marinhas. As tartarugas-oliva, presentes principalmente nas praias sergipanas e baianas, preferem noites com ventos fortes para desovar. Foram mais de 100 registros em uma das praias monitoradas, em uma única noite. Este comportamento reprodutivo é característico da espécie, uma das menores tartarugas marinhas do mundo.
A espécie tem preferência por esta condição ambiental de ventos fortes para realizar as posturas de ovos, comportamento que a diferencia das demais e que pode ser considerado como uma estratégia de proteção, explica Coelho, já que em poucos minutos os rastros deixados na areia da praia podem ser completamente apagados pela ação do vento.
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