30/11/2015 - Pesquisa na Praia do Forte/BA revela informações importantes para a conservação desses animias ainda ameaçados de extinção. Leia mais. ↓
Quatorze tartarugas marinhas da espécie tartaruga-verde (Chelonia mydas) foram capturadas em um único lance de rede no mar da Praia do Forte/BA. O acontecimento que surpreendeu pela quantidade de tartarugas foi motivado pela pesquisa do Projeto TAMAR que ocorre semanalmente numa área de alimentação dessa espécie. Os animais foram marcados, registrados e tiveram dados coletados na praia, onde as pessoas puderam ver os pesquisadores em ação e saber mais sobre a ameaça da pesca e o trabalho de conservação.
Toda semana, pesquisadores e pescadores parceiros do Tamar saem em uma embarcação e lançam uma rede de pesca em uma área com grande concentração de tartarugas marinhas chamada Pedra da Tartaruga. A região possui algas que atraem os animais para alimentação e é possível capturá-los intencionalmente para realizar registros, colher dados e analisar o comportamento e a saúde dos indivíduos. Rapidamente, são devolvidos ao mar e algumas vezes são levados para a areia para realizar procedimentos de pesquisa na praia.
“Quatorze é um número bastante alto, pois deixamos menos de 20 minutos a rede no mar e quando puxamos, ficamos surpresos com a quantidade de tartarugas de uma só vez. Presas assim, emaranhadas, as tartarugas se afogam, pois são animais que respiram na superfície, têm pulmões, e a rede as prende embaixo d'água”, explica a bióloga responsável por esta pesquisa, Adriana Jardim.
Pouco a pouco, o TAMAR trabalhava na praia e mostrava ao grande público que se formou ao redor, como as redes de pesca podem matar as tartarugas marinhas quando usadas de maneira irresponsável. Depois, todos acompanharam a volta para casa. As tartarugas se aproximaram da água e sumiram num verde-azul-esperança.
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